Primeiro Dia (27/05)
Cheguei um pouquinho atrasado no evento (embora a organização tenha pedido encarecidamente para que todos chegassem com antecedência), mas a recepção deu um show me entregando minha pasta e identificação em menos de um minuto e meio (sim, eu cronometrei). Nunca havia estado no Blue Tree Park, mas não foi difícil encontrar o lugar onde estava acontecendo a primeira palestra. Haviam
hosts do evento posicionados estratégicamente direcionando os perdidos e os distraídos para onde estes quisessem ir. Não foi difícil também encontrar uma cadeira pra sentar (embora esta fosse uma das últimas ainda vagas). Curiosamente era justamente ao lado do
Cláudio Prado, com quem eu queria falar. Sorte de principiante ou a usual mãozinha do destino?
O primeiro
Painel de Inclusão, sobre
Inclusão Digital, Inclusão Social e Cidadania estaria sob a batuta do ministro
Cristovam Buarque e do ministro
Tarso Genro, mas o Cristovam não foi, sendo substituído por uma senhora que se bem me lembro era a Maria Teresa Augusti. Foi um painel interessante, com todo o discurso governamental (muito certo por sinal) sobre a função do governo na inclusão digital e sobre a conexão entre exclusão digital e exclusão social. Muito didático, muito interessante, mas não saiu disto.
O segundo painel de inclusão do qual participei foi sobre
Inclusão Digital e Desenvolvimento. Não pude ficar até o final pois tive que ir ao banco para "avisar" meu chefe de que eu estaria no evento prestando consultoria ao meu
newfound guru. De qualquer forma parece ter sido um painel interessante, onde se colocava a importância da inclusão digital da população para o crescimento econômico (que neste caso seria também acompanhado pelo crescimento social) do país. Valeria a pena ter ficado até o final. É triste trabalhar em uma área tão diversa (e rasteira) quando seu verdadeiro potencial está em outra coisa.
O estudo de caso sobre o
CDI (Comitê de Democratização da Informática) foi um bocado previsível em alguns aspectos: a mostra de competência que chegava a ser estafante, os enormes resultados alcançados pela ONG (que já se diz, e talvez com razão, a maior ONG de inclusão digital do mundo) e o discurso ultra correto e digerível. Mas houveram algumas surpresas, como a volta do software livre às falas do pessoal do CDI e a total ausência (até onde me lembro) de menções à Mamãe Micro$oft, que carregou o CDI nos braços por um bom tempo (e fez suas cobranças) até onde sei.
Entrei e saí de várias outras atividades, painéis e estudos de caso ao longo da tarde, mas nada de muito útil. Parei enfim para fazer meu certificado digital em I-Key. Demorou um bom bocado pois o pessoal do
SERPRO errou a torto e a direito na hora de fazer meu registro, tendo que repeti-lo várias vezes. No fim tudo acabou bem.
Neste meio tempo também encontrei com um velho amigo que está envolvido com um projeto de inclusão digital financiado pelo CEUB (mas que estava sem um projeto concreto de como realizar o trabalho), e o apresentei a uma amiga que tem um excelente projeto (mas ainda estava sem fundos para começá-lo). Pode vir a ser uma bonita união :)
No final da tarde encontrei novamente o Claudio Prado, que me apresentou à pessoa do Hernani Dimantas (que já conhecia textualmente) de seu blog (por sinal muito bom)
Marketing Hacker. O mesmo Claudio me colocou dentro de uma reunião temática a respeito de Inclusão Digital e Desenvolvimento, onde estavam deputados, funcionários públicos de sei lá que órgão-ligado-à-inclusão-digital e professores universitários. Entrei calado e saí mudo, tendo a impressão de que todos alí tinham muita vontade (e interesses e visões diversos demais) e que o tempo seria muito, muito, curto para convergir todos os interesses envolvidos. De qualquer forma foi uma reunião interessante, que valeu (conforme o Hernani e com minha concordância) sobretudo pela frase do Claudio Prado:
"Sem Tesão não há Inclusão".
Os bate papos finais aqui e alí foram muito interessantes também. Vamos ver agora o que sai de tudo isso. Espero que alguma coisa concreta seja feita a partir de tanta discussão. Espero também, e sobretudo, arranjar algum emprego melhor (para poder trabalhar em paz naquilo que realmente tenho tesão). Que Deus sorria sobre a Inclusão Digital e sobre este ativista que os escreve.
PS. Perdoem a probreza de links deste texto. Foi escrito com muita, muita pressa mesmo. Estou atrasado para o segundo dia da Oficina, mas antes disso ainda tenho que pagar meu terapeuta e levar meu carro na oficina (com "o" minúsculo, aquela que conserta carros...).
O Zé Murilo, meu irmão, postou em seu blog (o Ecologia Digital) suas observações sobre os dois primeiros dias da II Oficina de Inclusão Digital. Vale o destaque para a discussão sobre Software Livre entre o Sérgio Amadeu e o Sílvio Meira e a para a foto dos Metáforas assistindo, compenetrados, à apresentação dos painéis.
"...é mais uma modelo que se dedicou a emprestar o seu belíssimo rosto como garota-propaganda para produções visuais, fotografando para Jujú Coiffeur"
Nosso amigo blogueiro 
Quando entrei na página do 
Se os blogs fazem o tal 
