13.6.03

Homer Simpson: um exemplo americano


Em pesquisa online realizada pela rede inglesa BBC sobre qual seria o maior de todos os americanos o primeiro colocado é amarelado, barrigudo, pai de uma família desajustada (mas muito divertida), adora cerveja e tem um QI típico do eleitor de George W. Bush. Homer Simpson, o personagem de Matt Groening, pai de Bart Simpson e um dos mais divertidos idiotas de todos os tempos, lidera a pesquisa com 23% dos votos. O segundo colocado, Abraham Lincoln, está bem atrás com apenas 14% dos votos. Alguém que não seja americano ainda se lembra quem é Abraham Lincoln? Dizem que era honesto. Isso não me parece muito com o perfil americano :)
Nomes como o de Martin Luther King ficaram também bem atrás na lista, e Bill Clinton (ex-presidente e amante de secretárias gordinhas) ficou com apenas 4,45% dos votos (atrás de Mr. T e de Bob Dylan.). Ao que parece o presidente americano Georgie W.B. nem apareceu entre os primeiros colocados. Que injustiça com ele. Talvez a imagem dos americanos não tenha se desbotado tanto assim. Segundo a pesquisa o americano é estúpido, absorve qualquer bobagem que assistir na televisão (Homer Simpson), Gosta de usar a força bruta (Mr. T) mas é também lutador pela igualdade (Martin Luther King) e sobretudo honesto (Abraham Lincoln, também conhecido como Honest Abe). Em um perfil como este, o pobre Bushie não teve a menor chance de figurar entre os 50 mais bem votados... pobre fascínora...

Enquanto este post era escrito a votação de mr. Simpson aumentou de 23% para 46%, segundo o site da BBCi. Vote na barra à direita para ver as prévias da votação. O site informa também que a pesquisa está sendo realizada para dar base a um documentário sobre o lugar da américa no mundo. O Brasil está na lista dos lugares onde o documentário será exibido. Vamos ver no que dá...

E você, como vê o povo americano?

12.6.03

As Continuações

Não sei o motivo pelo qual certas continuações são feitas. Matrix Reload é um exemplo de uma continuação infeliz. Para quem gosta de efeitos especiais, sim é um belo filme. Mas para quem gosta de bons efeitos especiais, de uma estória interessante e de dialogos inteligiveis, acho muito bom ficar só pelo Matrix original mesmo, ganhara muito mais.
Bem,o meu conselho para aqueles que não resistirem aos ataques comerciais: Vá ao cinema em boa companhia. Com amigos divertidos para você poder contar piadas e por a conversa em dia com a galera durante a chatissima parte da rodovia. Ou então com alguém beijavel para você poder ficar bem distraído trocando saliva durante várias partes; enquanto o Neo luta com milhares de homens identicos que surgem do nada como baratas malucas; durante a chatissima cena da rodovia...
Melhor, vamos fazer uma tarde de Tarantino? Mas não vamos assistir a Um drink no inferno 2... Malditas continuações!!!!

11.6.03

Matrix cópia de Dark City?


Eu estava realmente disposto a não entrar na histeria que se instalou na blogosfera brasileira (e foi prontamente captada pelo toplinks) a respeito da semelhança entre os filmes Dark City (um quase fracasso de bilheteria do diretor de O Corvo, Alex Proyas, em 98) e Matrix (o filme que dispensa apresentações, dos irmãos Wachowski, de 99). Mas ao ver a ultraforçada comparação de imagens feita por este site de cinema chicano, notei que era hora de falar sobre o assunto...
(leia mais no Alriada Express Blog)

8.6.03

"All your base (of information) are belong to us"


Esta frase, extraída da fala dos 'Borgs na saga de ficção científica Jornada nas Estrelas (Star Trek), se traduziria como "Toda sua base (de informação) é pertencente a nós" (com os parênteses por conta deste blogueiro). Além de mote predileto do Hernani Dimantas (do blog Marketing Hacker), esta frase me faz lembrar do universo blogueiro. Lembra-me principalmente da aposta feita por Dave Winer (blogueiro e cabeça do W3) com o CEO do NYTimes, Martin Nisenholtz, sobre o futuro dos blogs como midia de notícias e informações. A aposta é a seguinte: "Em uma busca no Google a respeito de cinco palavras ou frases ligadas a cinco grandes histórias do ano de 2007, weblogs terão uma melhor colocação do que o site do New York Times.". Trocando em miúdos, apostou-se que ao se realizar uma busca no Google, em 2007, sobre cinco temais atuais o site mais bem rankeado em pelo menos 3 das buscas será um weblog. Se o site do NYTimes estiver mais bem rankeado do que qualquer blog em mais de 2 destas buscas, ou se o NYTimes tiver absorvido a tecnologia dos blogs (e portanto tiver o seu blog como o mais bem rankeado) então Winer perderá a aposta para Nisenholtz. Por outro lado, se o NYTimes se render à mídia blogueira para ganhar a aposta, Winer será o vencedor moral (e os weblogs terão provado seu valor como novo paradigma de mídia digital), mesmo ficando uns mil dólares mais pobre. Fica a questão: como seria um blog feito por um grande jornal? Talvez o web-jornal coreano Ohmynews dê uma luz sobre como PODERIA ser, mas certamente o monolítico NYTimes nunca se renderia a um formato tão democrático.

Dave WinerO argumento de Winer, que pode ser encontrado em conjunto com o argumento de Nisenholtz na página sobre o assunto no site LongBets, é de que os blogs enquanto mídia evoluíram de meros instrumentos de hobbystas para poderosas ferramentas para jornalistas freelancers (ou empregados da grande mídia que postam histórias não aceitas por esta em blogs) e pensadores das diversas áreas do conhecimento humano. Winer também afirma que com a crise na indústria da comunicação, e o emprobrecimento do conteúdo apresentado por esta, os blogueiros (muitas vezes melhores conhecedoras dos temas apresentados, e com mais liberdade de pensamento/publicação) se sobressairão como fonte de informação isenta, atual e de qualidade. Martin NisenholtzJá Nisenholtz se defende afirmando que o New York Times sempre foi um jornal de vanguarda, que absorve qualquer inovação concebida (e bem sucedida) na área da comunicação, incluindo o formato weblog. Defende também que o formato nunca substituirá os grandes jornais pois peca por falta de alcance, objetividade e confiabilidade. A discussão começou, vamos ver onde vai parar.

Pensei em fazer uma pesquisa, como a proposta nos termos da aposta, para avaliar a quantas anda o tema hoje. A princípio pensei que seria uma tarefa fácil, mas logo esbarrei nas questões de validade, abrangência e atualidade dos temas que pesquisaria. Os resultados desta pesquisa ficam para outro post. Por agora adianto que penso que temas como a questão do software livre, a questão da distribuição de músicas e filmes pelos programas p2p (e as tentativas de repressão do establishment de entretenimento norte americano) e a história das armas químicas no Iraque (afinal, se existiam, onde foram parar? Será que o Saddam engoliu tudo?) seriam bons temas.

Mais do que nunca aguardo seus feedbacks, idéias sobre o assunto, e principalmente sugestões sobre quais questões seriam boas para uma pesquisa.